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Autopercepção
A Autopercepção é a maneira como uma pessoa se vê no momento presente, incluindo a percepção de suas emoções, comportamentos e estados internos. Foca na consciência imediata de como se sente e age, e como essas percepções influenciam suas interações com o mundo. Trata-se do ponto de partida para avançar na jornada de autoconhecimento, que é o entendimento profundo de si mesmo – seus pensamentos, emoções, valores, crenças, motivações e comportamentos – por meio de uma análise reflexiva e contínua sobre a própria identidade, experiências passadas, objetivos e aspirações futuras. Vários pensadores, filósofos e cientistas já enfatizaram em suas obras a importância de se tornar observador de si mesmo e das próprias reações diante das situações da vida. É com a autopercepção que tomamos consciência de como operamos na vida, representando informações valiosas para uma análise reflexiva e contínua sobre a própria identidade e experiências passadas, oportunizando novas possibilidades para o alcance de objetivos e aspirações futuras. Reconhecendo que a autopercepção é uma prática essencial para vivermos de forma consciente e plena, surge uma pergunta básica: como começar a me autoperceber? Infelizmente, não há uma resposta universal aplicável a todos. Por não haver essa receita que nos guiasse sem precisar de ajuda externa, muitos nem começam essa prática. As terapias e práticas voltadas para a saúde mental, dentre elas a meditação, são poderosas em nos ajudar com a autopercepção. Contudo, o baixo acesso a elas ainda representa uma realidade distante para a maioria de nós. Constatar essa dificuldade para adotar a prática da autopercepção foi a minha maior motivação para compartilhar alguns passos que adotei para começar meu processo, os quais só dependeram de mim. São baseados em aprendizados traduzidos em abordagens simples que evoluem gradualmente para práticas mais elaboradas, acompanhando a evolução do nível de consciência. Sem qualquer pretensão acadêmica ou científica e fazendo parte do time “meditar não é uma prática fácil”, apresento os três passos iniciais: Passo 1: Reconhecimento das Emoções O reconhecimento das emoções foi o meu primeiro passo nesse processo, em que comecei a perceber minhas reações emocionais de forma simples, usando a metáfora de expansão e contração do coração. Essa abordagem inicial ajuda a criar uma base sólida para um entendimento mais profundo de nossas emoções. Imagine-se em uma situação cotidiana, como receber um elogio no trabalho. Quando isso acontece, você pode sentir uma sensação de expansão no coração, indicando sentimentos positivos. Essa expansão pode se manifestar de várias formas: um sorriso e uma sensação de felicidade, um sentimento de orgulho e motivação, ou uma abertura para aceitar mais desafios. Por outro lado, você pode sentir uma sensação de contração, indicando sentimentos negativos. Isso pode se manifestar como desconforto ou sensação de não merecimento, medo de futuras expectativas ou até mesmo um sentimento de inveja de colegas. Quando essas reações negativas surgem, é importante, reconhecer a sensação
Desfazendo nós – resolução de problemas da VIDA com simplicidade
A vida é uma caminhada cheia de oportunidades e desafios, onde cada obstáculo contribui para sua riqueza e complexidade. Problemas surgem em várias formas – sejam pessoais, profissionais, relacionais ou de saúde – e aceitar sua presença é essencial para uma existência equilibrada. Esses desafios, sejam eles simples e passageiros ou complexos e duradouros, são parte integrante do que vamos percorrer. Enfrentá-los não é apenas necessário, mas também uma chance de crescimento pessoal e fortalecimento da resiliência. A forma como escolhemos lidar com essas dificuldades define não só a solução dos problemas, mas também nosso desenvolvimento contínuo. Geralmente, diante de um problema, a maioria de nós apresenta alguma das seguintes reações: Se os desafios estão (e estarão) presentes em toda a vida e as nossas reações imediatas não são colaborativas, entra em ação a forma que escolheremos encarar essas situações depois que os pensamentos e emoções instantâneas se apresentarem. Colocando-os de lado, retomamos a consciência da situação e conseguimos reconhecer que todos nós temos os recursos necessários para enfrentá-los de maneira mais eficaz. Um desses recursos envolve identificar e desafiar pensamentos negativos ou disfuncionais, reestruturando nossa perspectiva sobre um problema, ressignificando-o de uma ameaça insuperável para uma oportunidade de crescimento e aprendizado. É como se substituíssemos a pergunta clássica que acompanha um novo problema: “Por que isso está acontecendo comigo?”, por: “Para que isso está acontecendo comigo?”. Nossas ações e atitudes para superar o desafio serão o reflexo da nossa percepção sobre a situação. Outro recurso muito importante é dividir um problema em partes menores e manejáveis, focando em uma pequena parte de cada vez para que o cérebro processe informações de maneira mais eficiente, reduzindo a sobrecarga cognitiva. Desta forma, podemos progredir gradualmente em direção à solução. Assim como se você estivesse diante de um emaranhado de fios coloridos de lã com a missão de separá-los, cada fio por cor, a resolução de problemas na vida requer uma abordagem simples, metódica e paciente. Ao olhar para o emaranhado, a complexidade – quantidade de fios, nós, tempo que será investido, falta de visibilidade do fim da missão, etc. – pode parecer esmagadora. Porém, resta como única alternativa escolher uma ponta qualquer e começar a liberar esse único fio para, gradualmente, o emaranhado começar a se desfazer, o que exigirá de você paciência, persistência e foco no objetivo final. O processo pode ser longo e exigente, mas a recompensa de ver nossos esforços transformados em conquistas vale cada fio desatado.
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