O Autodescobrimento é o processo de comprometer-se em tomar consciência das ferramentas que dispõe e empenhar-se em usá-las com eficiência para avançar em sua evolução, o que, em outras palavras, é o Autoconhecimento e a Autogestão andando de mãos dadas.
O Autoconhecimento possibilitará reconhecer a consciência que temos de nós mesmos, ou seja, consciência de si quanto a valores, crenças, motivações, pensamentos, sentimentos, comportamentos e sua própria identidade. E a Autogestão demonstrará a capacidade de administrar a si mesmo, oportunizando um maior autodesenvolvimento, contribuições e assertividade no como/quando promover mudanças, assumindo a responsabilidade de gerenciar seu futuro.
Entender a si mesmo é uma jornada profunda onde surpresas surgirão! Identificará coisas muito interessantes sobre você que passavam despercebidas, como se fossem pontos fortes negligenciados, outras curiosas, e tantas outras desconfortáveis.
Antes de desanimar, muitos desses desconfortos serão caminhos para que se (re)conheça. O desconforto aparecerá toda vez que se deparar com aspectos sobre você que não gostou muito de “descobrir” ou por atitudes que não se orgulha de ter tomado. Realizar que não somos ou agimos como pensávamos é decepcionante. Diante disso, é comum dispararmos uma batalha interna de negar as aparências e disfarçar as evidências com os porquês de estarmos nesse lugar que não gostaríamos, representando uma armadilha ardilosa para desviarmos nossa atenção da verdade incômoda revelada que só tem um único objetivo: fazer-nos melhor!
Por outro lado, imagine como seria perceber aspectos que existem em você tão naturais, sem esforço, quase automáticos, e sobre os quais o mundo anda extremamente carente, mas que você nunca havia se dado conta? Depois de você tomar essa consciência e reconhecer esses talentos, será orgânico querer atribuir uma utilidade maior a eles e contribuir mais.
Por isso, o Autodescobrimento é um processo que exigirá de nós coragem, verdade e humildade:
Coragem para mergulhar, descobrir e reconhecer aspectos sobre nós, em que alguns, honestamente, preferiríamos continuar na ignorância e outros que lutaremos para legitimá-los como incríveis.
Verdade que passa a ser uma companheira “grilo falante” constante nesse percurso para nos lembrar que mesmo conscientes que alguns comportamentos e escolhas não refletem o nosso melhor, persistimos neles por medo, hábito, valor, resistência a mudança…
Humildade para que possamos admitir que em certas situações o problema pode estar em nós e que “tá tudo bem” não deixando passar essa excelente oportunidade para nos tornarmos melhor, como também, assumir a sábia postura de reconhecer que sempre há muito por descobrir e compreender.
A grande recompensa dessa jornada será assumir as rédeas dos seus recursos – potencialidades e limites – de forma estratégica para lidar com a vida espetacular que se revela diante de nós com plena capacidade.