O Autoconhecimento, aliado à Autogestão, constitui a base da jornada de Autodescobrimento que é assumir o compromisso de tomar consciência das ferramentas que dispõe e empenhar-se em utilizá-las com eficiência para avançar na própria evolução. (Vale a pena conferir o post Autodescobrimento: Uma jornada de coragem, verdade e humildade)
Buscar o Autoconhecimento significa reconhecer a consciência que temos de nós mesmos, isto é, a consciência de si — pensamentos, emoções, sentimentos, valores, crenças, motivações, comportamentos, ou seja, da própria identidade — sendo que é somente a partir do auto olhar que podemos identificar e analisar nossas potencialidades e limites.
Entender a si mesmo possibilitará um crescente conhecimento sobre as ferramentas que possui, para que, a partir daí, possa utilizá-las plenamente, potencializar seus talentos e gerenciar seus aspectos desafiadores, se assim desejar. Gosto de conceituar o Autoconhecimento como se fosse uma “bula de MIM mesmo”, por descobrir informações essenciais sobre as ferramentas que resultam na composição que é CADA UM DE NÓS:
Embora possa contar com valiosas ajudas externas, como profissionais, terapias e práticas, o sucesso de cada passo nessa caminhada vai depender exclusivamente de você. Fazendo uso das minhas metáforas (adoro!), o Autoconhecimento seria estar diante de um armário gigante repleto de gavetinhas de todos os tamanhos, em que umas você imagina o que tem dentro, outras não faz ideia ou nem sequer sabia que existia. Seu primeiro objetivo é tomar consciência de cada gavetinha e seu conteúdo e, depois, decidir o que fazer a respeito: celebrar, agradecer, cuidar, preencher eliminar, restringir entre outras ações. Para isso, ninguém, além de você, possui o poder de gerar a ação de ir até uma determinada gavetinha e, no seu tempo, ter a coragem de abri-la para explorar, refletir e tomar consciência do que está testemunhando na forma de pensamentos, emoções, sentimentos, valores, crenças, motivações, comportamentos, etc. Ah, o armário gigante é a sua identidade e você é a consciência que observa toda a cena. Percebe a imensidão dos componentes que formam quem somos e o quanto são desconhecidos para nós?
À medida que avançamos no caminho do Autoconhecimento, compreendendo melhor as nossas ferramentas, começamos também a perceber benefícios significativos, como:
- Autoaceitação, ao reconhecer nossas qualidades, aprender a acolher nossas imperfeições e a nos amar do jeitinho que somos;
- Gerenciamento das emoções, ajudando a identificar e compreender melhor nossas emoções e como elas afetam nosso comportamento, saúde mental e emocional;
- Potencialização dos talentos;
- Adaptabilidade, ao reconhecer e lidar com nossas vulnerabilidades, buscando formas de administrá-las para causarem o menor impacto possível;
- Melhoria na tomada de decisões, devido ao alinhamento com valores e objetivos, levando a escolhas de vida mais satisfatórias e gratificantes;
- Resolução de conflitos, ao ser capaz de entendermos nossas próprias emoções e reações, possibilitando lidar com elas de maneira mais construtiva;
- Relacionamentos mais saudáveis;
- Autenticidade, ao viver de acordo com quem realmente somos, sua verdadeira essência, sem tentar se encaixar em expectativas ou padrões externos;
- Evolução pessoal e bem-estar psicológico ao assumirmos a autonomia para agir rumo ao propósito de manifestar o melhor que há em cada um de nós.
Sem romantizar, a caminhada de Autoconhecimento não é simples por existirem outros fatores envolvidos além da nossa vontade e que também nos afetam, como a mente, o cérebro, as interações químicas do organismo e muitos outros, ainda permanecendo um mistério para a ciência. Justamente por isso, não há e nem haverá um maior expert e interessado no assunto que é ser VOCÊ, para investir vida, atenção e se tornar protagonista na compreensão da “bula de si mesmo” da maneira mais eficiente e individual possível.
O processo de Autoconhecimento, a “bula de MIM mesmo”, é como uma grande experiência em que você é o cientista e o objeto de estudo ao mesmo tempo, observando, criando hipóteses, testando, ajustando, acertando, errando e lembrando sempre que o maior achado será a progressiva consciência das ferramentas que possui, possibilitando uma melhor manifestação de si mesmo (“best self”).
Então, mãos à obra!