Normalmente, quando nos fazem essa pergunta, travamos e não conseguimos responder de imediato. Agora, se perguntarem sobre nossas vulnerabilidades, gaps, pontos a desenvolver, defeitos ou qualquer outro nome que nos dê conforto psicológico para nomear aquilo no que não somos bons, temos enorme facilidade em identificá-los. Foi fazendo duas perguntas bobocas a inúmeros profissionais com quem interagi ao longo dos anos – quais são seus dois maiores pontos a desenvolver e os dois maiores talentos – que cheguei à conclusão de que “somos excelentes em saber no que somos ruins e somos ruins em saber no que somos excelentes”! Não é impactante? Por que é importante eu conhecer meus talentos?
O mercado de trabalho está em constante evolução, adaptando-se aos desafios cada vez mais complexos e às transformações urgentes, o que leva as habilidades demandadas pelos empregadores a acompanhem essa dinâmica. Nesse cenário, uma tendência preocupante é a escassez de mão de obra e o gap de habilidades. A escassez de mão de obra qualificada refere-se a falta de candidatos habilitados para preencher as vagas existentes, problema esse que já vem sendo sentido nos segmentos de Tecnologia, Saúde, Educação entre outros. O gap de habilidades foca na discrepância entre as habilidades que os empregadores necessitam e aquelas que os profissionais possuem, trazendo atenção para habilidades digitais avançadas, sustentabilidade e soft skills – habilidades cognitivas, autogestão e capacidade de trabalhar com outros.
Neste ponto, o Fórum Econômico Mundial nos atualiza sobre as habilidades essenciais para o futuro do trabalho.
É aqui que a oportunidade para o profissional atento ganha um holofote de atenção quanto a potencializar seus talentos, destacar-se por meio deles e assim viabilizar sua longevidade profissional.
Peter Drucker, no seu clássico artigo “Managing Oneself”, publicado pela Harvard Business Review, defende a ideia de que a chave para uma carreira de sucesso e satisfação pessoal reside na capacidade de gerir-se a si mesmo, com base no autoconhecimento, e na importância de conhecer e utilizar seus próprios talentos ou pontos fortes. Segundo Drucker, “É preciso muito mais energia para passar da incompetência à mediocridade do que passar do ótimo desempenho à excelência”. Por isso, recomenda que conheça ou confirme seus talentos, utilize-os onde possam produzir resultados, avalie os resultados alcançados por eles e melhore-os continuamente.
Descobrir seus talentos pode parecer uma tarefa desafiadora, mas cada um de nós pode iniciar essa jornada com os recursos que já possui. O ambiente de trabalho funciona como um verdadeiro laboratório para essa descoberta, oferecendo espaço para criar hipóteses, experimentar, falhar, aprender e crescer. O autoconhecimento proporcionará a reflexão contínua sobre as atividades que nos trazem satisfação e onde nos destacamos naturalmente sendo um direcionador importante sobre seus talentos. A autogestão, por sua vez, permitirá organizar e aprimorar os talentos de forma eficaz indicando se está no caminho certo para gerar resultados que de fato estejam somando.
A conclusão a que chegamos é que, em meio aos problemas e desafios, existem oportunidades. Essas oportunidades estão ao nosso alcance, dependendo das nossas escolhas e da forma como nos posicionamos diante das circunstâncias. Escolher investir em seus talentos, conhecendo-os por meio do autoconhecimento e aprimorando-os com sua autogestão para edificar uma trajetória profissional realizadora, só depende de você!
A conclusão a que chegamos é que, em meio aos problemas e desafios, existem oportunidades. Essas oportunidades estão ao alcance de todos, dependendo de nossas escolhas e da forma como nos posicionamos diante das circunstâncias. Escolher investir em seus talentos, conhecendo-os por meio do autoconhecimento e aprimorando-os com sua autogestão para edificar uma trajetória profissional realizadora, só depende de você!